Óculos escuros na infância evitam doenças

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O uso de óculos escuros na infância pode ajudar na prevenção de problemas de retina na idade adulta

Durante o período das férias escolares, as crianças ficam muito tempo expostas ao sol, seja na praia, na piscina ou no clubinho. Passar filtro solar nas crianças, a cada passeio, já é um hábito bastante difundido entre os pais. Mas, tão importante quanto proteger a pele é estender esse cuidado aos olhos dos pequenos. E, neste caso, somente os óculos com filtro de proteção contra os raios ultravioleta (UV) são eficazes para proteger os olhos.

De acordo com o médico oftalmologista Cristiano Monteiro, o uso de óculos escuros na infância é uma excelente medida preventiva, porque há evidências de que os raios UVA e UVB causam danos oculares e podem favorecer o surgimento no futuro de catarata e de doenças da retina. ‘‘A infância é o momento de desenvolvimento da função visual, um prejuízo nessa época causa seqüelas para o resto da vida’’, afirma.

Na opinião do oftalmologista, usar um bom par de óculos escuros é tão importante quanto aplicar filtro solar de qualidade. Ele diz, ainda, que é importante comprar os óculos em um lugar credenciado, pois os óculos vendidos por camelôs não protegem e acabam proporcionando um efeito contrário. ‘‘A pupila da criança dilata, permitindo a entrada dos raios nos olhos’’, explicou. Ele diz, também, que se os pais não têm condições financeiras de comprar óculos em uma ótica credenciada, a recomendação é que não os usem, pois ao invés de ajudar irá prejudicar a visão do seu filho.

Ciente dos riscos que os raios UV podem causar aos olhos de Isabelle, de seis anos, e de João Victor, de dois anos, a empresária brasiliense Luana Genaro Lima, fez questão de comprar óculos escuros para os filhos. Luana e o marido sempre usaram óculos de sol. ‘‘Os pais devem passar bons hábitos para os filhos, eles vêem a gente usando, acham o máximo e querem usar também’’, disse.

Segundo a empresária, seus filhos usam diariamente a proteção, e pedem para voltar quando esquecem os óculos em casa. Luana diz, ainda, que faz visitas periódicas ao oftalmologista e acompanha de perto o desenvolvimento visual de Isabelle e João Victor. ‘‘Não dá para brincar. A gente sabe que o efeito dos raios solares é cumulativo”, observa Luana.

A mesma preocupação tem a contadora Rosemeire Moreira, com seu filho Alexandre, de cinco anos. Desde os dois anos, o menino usa óculos escuros quando vai à praia ou ao clube. Mas o que Rosemerie não sabia é que era preciso comprar os óculos em uma loja com credenciamento e que deveriam ter certificado de proteção solar. ‘‘Agora tenho consciência de que usando esse óculos, a visão do meu filho pode estar sendo prejudicada’’, atestou.

A contadora diz que o menino gosta de usar óculos escuros sempre que se expõe ao sol. ‘‘Quando a gente sai no sol, ele pede logo para colocar’’, contou. Alexandre ressalta que se sente mais bonito e que o utensílio não pesa no rosto. “Eu me acostumei a usar, assim meus olhos não ardem tanto’’, frisa.

Já o consultor de empresas Ênio Vieira fala que nunca se preocupou com o uso de óculos escuros para o filho, de dois anos, e nunca o levou no oftalmologista. ‘‘Uma vez, comprei uns óculos escuros de brinquedo, mas ele não gostou e logo rejeitou. Acho ele muito novinho para usar ’’, declarou.

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